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Novo estudo do INPI sobre Inteligência Estratégica em Inovação – Fertilizantes
A mais recente publicação do INPI trata da inteligência estratégica em inovação, com foco no setor de fertilizantes. Com o objetivo de destacar novas oportunidades para a política industrial nacional, o estudo examina o panorama agroindustrial do Brasil, destacando as dependências externas do setor e as tendências de patentes. Enfatizando a importância da inovação, especialmente em biofertilizantes, o estudo destaca seu potencial para impactar positivamente os indicadores econômicos.
Em 7 de fevereiro de 2024, o INPI iniciou uma série de publicações sobre inteligência estratégica em inovação com o objetivo de apresentar temas importantes para o desenvolvimento da nova política industrial estruturada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), para fazer parte da política nacional.
Em janeiro de 2024, o novo plano de ação da Nova Indústria Brasil foi divulgado, incorporando seis missões principais, sendo a primeira relacionada às cadeias agroindustriais. Para iniciar a série de publicações, o primeiro tema está relacionado à primeira missão principal da Nova Indústria Brasil.
A publicação intitulada “Estudos de Inteligência Estratégica em Inovação: Biofertilizantes” traz uma visão geral do complexo agroindustrial brasileiro e do setor de fertilizantes no Brasil, seguida pela dependência externa do setor de fertilizantes e seu impacto no aumento dos custos.
O cenário de patentes se apresenta com mais de 215 mil famílias de patentes relacionadas a fertilizantes de todo o mundo, depositadas entre 2010 e 2023. Dentre elas, 81% têm origem na China, aproximadamente 57% são relacionadas a biofertilizantes e 22% aos fertilizantes NPK. Além disso, o pico de pedidos de patentes registrados por chineses em todo o mundo para esses dois tipos de fertilizantes mencionados foi no ano de 2017.
Além dos pedidos de patentes chineses, que foram apresentados separadamente, os pedidos de patentes de biofertilizantes levam a outras jurisdições. Liderados pelos EUA, com mais de 3600 famílias de patentes, seguidos pela Coreia do Sul, Rússia, Japão e Índia finalizando os cinco primeiros. O Brasil ocupa a 7ª posição do ranking de biofertilizantes. Em relação aos fertilizantes NPK, os EUA também lideram, enquanto o Brasil ocupa a 5ª posição.
O estudo apresenta uma análise econométrica, na qual os resultados sugerem que o PIB brasileiro fornecido pelo agronegócio é altamente sensível às variações na produtividade agrícola quando comparado às variações na disponibilidade de mão de obra ou capital. Através da análise econométrica, a forte correlação entre o preço médio dos fertilizantes e a inflação indica que a inovação neste setor pode impactar positivamente os custos de vida de várias famílias.
A necessidade de investir e desenvolver ciência e tecnologia capazes de fornecer segurança alimentar vai além das fronteiras do Brasil. No entanto, o Brasil é capaz de desempenhar um papel central devido ao seu tamanho, capacidade agrícola e outras variáveis. O campo dos fertilizantes, e especificamente, dos biofertilizantes, é, portanto, uma grande oportunidade no Brasil.
Autora Tainara Medeiros Barbosa